O nosso corpo possui um sistema de reconhecimento extremamente específico. Uma das provas disso é a capacidade que ele tem de produzir células altamente bem treinadas para não atacar tecidos do próprio corpo, reconhecendo o que é self e o que é nonself, as chamadas células T.
Para elas serem formadas é necessário o fornecimento de sua matéria-prima, realizado pela medula óssea, é ela quem vai dar ao Timo, os pequenos preceptores dessas células. E lá no Timo, onde ocorrerá a produção e a maturação das células T, vão existir amostras de cada tecido do corpo para testar a “honra” desses linfócitos recém criados, a partir de armadilhas.
Por isso, quando são introduzidas células ou tecidos não compatíveis com as do nosso corpo, os linfócitos T tendem a atacar, concluindo que elas são agentes patógenos por serem nonself, a partir de toda sua “sabedoria e ensinamento”, afinal não é perfeitamente igual às células do corpo.
É por esse motivo que o transplante de órgãos é tão minucioso, provando que não é tão simples colocar partes de tecidos de outro corpo no nosso. É como se as nossas células de defesa achassem que aquilo é uma invasão indesejada, sendo que esse transplante seja fundamental à sobrevida de determinadas pessoas. Por isso é tão importante que os doadores sejam em cada mínimo detalhe, compatíveis e tenham estruturas praticamente iguais (ou quase isso...) aos receptores. Tentando assim camuflar células ditas estranhas, em células do nosso corpo, as self.
Ou seja, além do nosso material genético lá na medula óssea ser usado para produzir a matéria-prima das células chefes do sistema imunológico, ainda existe testes no Timo, que possui pequenas amostras dos nossos tecidos, fazendo dos linfócitos T, uma das células mais bem treinadas para reconhecer o que é nonself e impedir certas invasões. ^^
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