sexta-feira, 15 de abril de 2011

Imunoglobulinas e Anticorpos

O sistema imunológico tem como uma das principais funções a produção de proteínas especiais que tem papel fundamental na imunidade e proteção contra uma substância estranha, estas também são chamadas de anticorpos. Eles são como os policiais de plantão, sempre alerta para nos proteger.
Esses anticorpos são uma das classes de proteínas das imunglobulinas. Afinal as imunoglobulinas podem se diferenciar em dois tipos: ele pode ser secretado atuando como uma opsonina no sangue (anticorpos); e pode estar ligada à membrana de células T atuando como receptor de células B. sendo que essas duas diferenciações vão agir no reconhecimento de antígenos. Compondo assim, o ponto chave da resposta adaptativa.
             As duas características principais das imunoglobulinas são especificidade e atividade biológica, pois elas possuem uma região completamente específica para determinados epítopos (dos antígenos), os quais vão se ligar e desencadear sua outra característica: neutralização, imobilização e aglutinação. Dessa forma se faz necessário sua grande diversidade, podendo assim, reconhecer e reagir com os vários invasores de plantão.
Relembrando: epítopo é a parte do antígeno capaz de se ligar ao parátopo do anticorpo, como se fosse chave e fechadura, o que explica a especificidade dos anticorpos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sitema ABO e Aglutinação sanguínea

O sistema ABO é muito importante tanto para a  transfusão, quanto no estudo da imunologia por ele ser o mais imunogênico, ou seja, por ter maior capacidade de provocar a produção de anticorpos, seguido pelo sistema Rh.

Os antígenos deste sistema estão presentes na maioria dos tecidos do organismo. Existem os tipos sanguíneos A, B, O, e AB, além de outro diferenciador que é o Rh. 
Um fato bem interessante é que, por a pessoa ser AB e possuir os dois antígenos, ele não produz as aglutininas anti-A e anti-B, sendo assim ela é Receptora Universal da transfusão. Já o O por não ter nenhum antígeno, na transfusão o receptor não produzirá nenhum anticorpo, concluindo assim que ele é o Doador Universal.


Para saber qual o grupo sanguíneo que pertencemos é necessário fazer um pequeno teste. O qual consiste na mistura do sangue com soros anti-A e anti-B.
Se a partir do momento em que o soro for colocado no sangue houver aglutinação, que nada mais é do que a ligação do anticorpo com o antígeno, é porque existe aquele antígeno (pode ser A, B ou AB), mas se não houver aglutinação é ZERO (ou O). 
  Da forma mais simples podemos dizer que a presença da proteína D vai determinar a presença do fator Rh. Para saber se o Rh é positivo ou negativo, o sangue é misturado com um soro anti-Rh. Dessa forma, se aglutinar é correto concluir a presença de Rh, então o sangue é Rh+, e se não ele é Rh-.

Então:


domingo, 20 de março de 2011

Antígenos, Imunógenos e Aptenos

O sistema imunológico é caracterizado às vezes erroneamente como um sistema de proteção. Isso porque ele nem sempre vai agir dessa forma, uma das provas disso são as doenças auto-imunes. Então podemos dizer que o sistema Imune é um sistema de reconhecimento, afinal é ele quem vai determinar o que pertence ao nosso corpo, ou seja é SELF, e consequentemente não induzir respostas imunológicas (isso em condições normais) e também vai o que é NO-SELF,  apesar que isso nem sempre é possível.
Quando uma substância invade o nosso corpo e tem a capacidade de induzir uma resposta imunológica, ele é chamado de Imunógeno.
Se essa substância é capaz de se ligar a um dos componentes do sistema imune, ele é considerado um Antígeno.
Então, podemos afirmar que todo imunógeno é um antígeno, mas nem todo antígeno é um imunógeno. Afinal, se o imunógeno é capaz de provocar uma resposta imunológica, implica dizer que ele foi reconhecido, isso significa que o epítopo dele foi compatível com o parátopo de algum componente do sistema Imune. Sendo que epítopo é a parte do antígeno que pode ser reconhecida pelas nossas células de defesa, agindo como uma chave para uma fechadura (parátopo).

Já o Apteno difere desses outros pois, por ele apresentar um baixo peso molecular, ele é incapaz de provocar uma resposta imunológica.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Rejeição de transplantes


O nosso corpo possui um sistema de reconhecimento extremamente específico. Uma das provas disso é a capacidade que ele tem de produzir células altamente bem treinadas para não atacar tecidos do próprio corpo, reconhecendo o que é self e o que é nonself, as chamadas células T.
Para elas serem formadas é necessário o fornecimento de sua matéria-prima, realizado pela medula óssea, é ela quem vai dar ao Timo, os pequenos preceptores dessas células. E lá no Timo, onde ocorrerá a produção e a maturação das células T, vão existir amostras de cada tecido do corpo para testar a “honra” desses linfócitos recém criados, a partir de armadilhas.
Por isso, quando são introduzidas células ou tecidos não compatíveis com as do nosso corpo, os linfócitos T tendem a atacar, concluindo que elas são agentes patógenos por serem nonself, a partir de toda sua “sabedoria e ensinamento”, afinal não é perfeitamente igual às células do corpo.
É por esse motivo que o transplante de órgãos é tão minucioso, provando que não é tão simples colocar partes de tecidos de outro corpo no nosso. É como se as nossas células de defesa achassem que aquilo é uma invasão indesejada, sendo que esse transplante seja fundamental à sobrevida de determinadas pessoas. Por isso é tão importante que os doadores sejam em cada mínimo detalhe, compatíveis e tenham estruturas praticamente iguais (ou quase isso...) aos receptores. Tentando assim camuflar células ditas estranhas, em células do nosso corpo, as self.
Ou seja, além do nosso material genético lá na medula óssea ser usado para produzir a matéria-prima das células chefes do sistema imunológico, ainda existe testes no Timo, que possui pequenas amostras dos nossos tecidos, fazendo dos linfócitos T, uma das células mais bem treinadas para reconhecer o que é nonself e impedir certas invasões.       ^^


quinta-feira, 3 de março de 2011

Órgãos linfóides primários – Seleção positiva e negativa


Os órgãos linfóides primários são os responsáveis pela formação das células de defesa do nosso corpo por isso também são chamados de órgãos produtores. Eles são os conhecidos: Timo e Medula Óssea.
Um fato bem interessante sobre a Medula Óssea é que quando ela é lesada ou a demanda de produção dessas células aumenta, o baço e o fígado entram como sócios para suprir essas necessidades. É gente! Interessante, né?!
Mas vamos lá. O Timo, tão pouco conhecido, tem um papel imprescindível, afinal, ele é o responsável pela produção dos chefes do sistema imunológico, os linfócitos T.
Eles são “os caras”, são eles que mandam as tropas atacar, recolher, ou seja, são os manda-chuvas do Sistema imunológico. Pois é, para um cargo tão importante, não é qualquer um que pode se eleger afinal, a aceitação para esse cargo é um dos mais difíceis e mais concorridos do mundo, é a corrida para a presidência dos Estados Unidos (kkk).
Por isso lá no Timo, onde eles são produzidos, existe uma “máquina de teste”, que a todo momento avalia a capacidade e a honra do linfócito T, qualquer descuido... você é descartado! Não é brincadeira gente, a essa máquina damos o nome de Corpúsculo de Hassall. Eles são como os mestres dos monges, aqueles que lhes dão ética e moral, lhe ensinam como agir (hihihi).
 Só para reforçar, o percentual de reprovados nesse teste é de mais ou menos 98% do total, que é a porcentagem da Seleção Negativa. Sendo que a Seleção positiva é cerca de 2%.
Para tanto linfócito rejeitado num espaço tão pequeno só poderia existir estruturas que fizessem a limpeza do local. É através da fagocitose que os restos apoptóticos (daqueles que foram rejeitados...) são recolhidos, deixando o espaço limpinho para que mais seleções sejam feitas pelo Timo.




Obrigada!     ^^


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Opsonização e o processo de fagocitose


Como sabemos, o nosso corpo possui um excepcional sistema imunológico. Uma das provas disso é o mecanismo de resposta a invasões afinal, quando um microorganismo penetra na pele, acontece uma série de eventos, tais como: o reconhecimento, o processamento de informações e as respectivas respostas.
Para entendermos melhor, podemos considerar um dos processos de resposta da Imunidade natural, ou seja, a resposta imediata contra a invasão: a fagocitose. Processo no qual ocorre a englobamento e a morte desses patógenos. Todo esse processo se dá devido à ação dos macrófagos, ou seja, é como se eles fossem os nossos seguranças de plantão, com papel fundamental na manutenção da nossa homeostase.
Mas como sabemos, para um trabalho eficaz e com maior rapidez, os macrófagos precisam de ajuda. Afinal, é como se quando os agentes invasores entrassem no nosso organismo, eles tivessem a capacidade de se esconder e ficar às escuras, dificultando o trabalho dos macrófagos. E é nesse momento que podemos perceber a importância das opsoninas, que agem de tal forma, deixando esses patógenos como se fossem gelo-cósmicos, brilhando no escuro, facilitando assim a “visualização” dos invasores pelos fagócitos.
Dessa forma, se imaginarmos uma casa que foi invadida, e que esses invasores tenham apagado todas as luzes, dificultando a procura do seu esconderijo durante um resgate, então pelo fato de os agentes de plantão (as opsoninas) possuírem uma visão noturna, eles são capazes de achar esses invasores e jogar uma substância fluorescente (hipoteticamente falando gente...!) e dessa forma os deixando iguais a gelo-cósmicos no escuro, e assim que os seguranças (macrófagos) vêm, os acham e fazem seu trabalho com bastante eficiência, que é prendê-los e digeri-los. Mantendo assim o bem estar da nossa casa, que é o nosso corpo.            ^^